Sabemos que a água é um bem natural e um recurso indispensável para a sobrevivência dos seres vivos, porém nos últimos anos a falta dela é uma realidade para muitos. E é com esse dilema que a família de Classi e Hilário de Conto, da comunidade do Km 15, em Francisco Beltrão, enfrenta nas épocas de estiagem.

A família que mora há dois anos no local, foi atingida anteriormente pela usina do Baixo Iguaçu, no município de Capitão Leônidas Marques, e no remanejamento das famílias, eles vieram morar em Francisco Beltrão.

“Nós viemos olhar isso aqui, naquele ano, justamente no mês de outubro que só chovia, eu fiz aqueles açudes ali porque tinha muita água, mas era um mês muito chuvoso, e dali para cá não deu mais chuva que aumentasse as águas”, diz seu Hilário de Conto, agricultor familiar.

A família conta com a ajuda de vizinhos para a água que é utilizada para o consumo humano, e para os animais eles pegam de um poço escavado que fica próximo a casa e também do pouco que sobrou de um dos açudes.

Uma saída para resolver parte do problema que a família enfrenta coma falta de água foi a construção de uma cisterna, com capacidade de armazenamento de 30 mil litros de água. A ação faz parte da implantação de Tecnologias Ecológicas, prevista no projeto trienal da Assesoar.

“A construção da cisterna teve como objetivo de ajudar a sanar a questão da dificuldade da água, e pelas dificuldades que eles passam nesse período de estiagem, por isso foi escolhido fazer a construção na família Silva”, esclarece Airton Luis Freire, da direção executiva da Assesoar.

A construção de cisternas, além de ser uma alternativa mais barata, não causa danos ao meio ambiente. A importância de implantação desses sistemas é diminuir a exploração das águas subterrâneas, além de garantir a disponibilidade de água o ano inteiro, aproveitando os períodos chuvosos.

“A cisterna é construída com a técnica ferro cimento, e ela vai ser uma armazenadora da água da chuva, captada pelo telhado da casa, e também da água de um poço escovado, serão duas fontes de água que serão armazenados nessa cisterna”, explica o engenheiro agrônomo Felipe Fontoura Grisa, do coletivo de agroecologia da Assesoar.

No início, a família trabalhava com a produção leiteira, mas devido a escassez da água tiveram que parar, pois comprometia a qualidade do leite. “Nós estava com muito problema com as vaquinhas, ai eu falei para ele, vamos dar um tempo, por que você começa a gastar mais do que ganha, o leite já era pouco e eles pagavam pouco, e ai com o leite fraco”, comenta a agricultora familiar Claci Maria da Silva de Conto, que ainda tem o sonho de continuar com a produção de leite, pois apostam na cisterna para que os animais também tenham uma água de qualidade.

Além da construção da cisterna, a Assesoar, ajudará na recomposição vegetal no entorno da fonte, para melhorar a qualidade de água.“A família fez a limpeza interna do poço, e agora vai ser feito a proteção superficial e também vai ser feito a recomposição vegetal no entorno desse poço”, esclarece Grisa.

Além desta ação, será construído um filtro utilizando carvão, areia e pedra brita para tornar ainda melhor a qualidade da água, visto que nos períodos de carência, as fontes escavadas apresenta uma leve turvação na água.

A atividade de construção da cisterna na casa da família Silva, foi feita respeitando todos os protocolos que são recomendados pelas organizações de saúde exigidos neste período.

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