Durante quatro dias, de 21 a 24 de outubro, mais de 100 pessoas estiveram reunidas em Curitiba/PR para debater os impactos sociais, ambientais, econômicos dos transgênicos. O encontro resultou em um conjunto de propostas de ações conjuntas e no fortalecimento da articulação entre as organizações, movimentos sociais e pesquisadores. Participaram do seminário organizações do Brasil, Chile, Equador, Argentina, Paraguai, Uruguai, México, Filipinas, França e Estados Unidos.

Os diferentes sotaques e idiomas presentes no Seminário Internacional “10 anos de Transgênicos no Brasil” ressoaram a mesma avaliação: a entrada dos transgênicos na agricultura não resolveu o problema da fome no mundo e fez disparar o uso de agrotóxicos, contrariando promessas usadas como argumento para a liberação das sementes geneticamente modificadas. E mais: pouco a pouco o Brasil perde a soberania sobre a agricultura e os agricultores perdem autonomia, tornando-se reféns das transnacionais da industria agroalimentar.

documento final do encontro sintetiza o balanço crítico acerca dos 10 anos da entrada dos transgênicos no Brasil e seus efeitos na América Latina. A carta aponta a necessidade da manutenção da moratória internacional às tecnologias terminator, as GURTS, tecnologias genéticas de restrição de uso. A “terminator”, ou semente suicida, visa assegurar uma espécie de “patente biológica”, impedindo que os agricultores reutilizem sementes de uma safra para outra. O Projeto de Lei (n° 268/2007) que buscar a liberação da semente suicida é de autoria do Deputado Eduardo Sciarra – PSD/PR e tramita na Câmara dos Deputados.

Leia mais: ASPTA-Transgênicos no Brasil: 10 anos de promessas não cumpridas

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