Mais de 20 entidades da sociedade civil brasileira, movimentos sociais, entidades ambientalistas e grupos de pesquisadores lançam oficialmente no próximo dia 7 de abril a Campanha Permanente contra o Uso dos Agrotóxicos no Brasil.

A campanha pretende abrir um debate com a população sobre a falta de fiscalização, uso, consumo e venda de agrotóxicos, a contaminação dos solos e das águas e denunciar os impactos dos venenos na saúde dos trabalhadores, das comunidades rurais e dos consumidores nas cidades.

O secretário-executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Denis Monteiro, fala dos objetivos da campanha: “A primeira questão é que nós precisamos estabelecer uma coalizão, uma convergência ampla dos movimentos da área da saúde, da agricultura, comunicação e direito, para fazer a denúncia permanente desse modelo baseado no uso de agrotóxicos e transgênicos que tornou o Brasil campeão mundial do uso de agrotóxicos; e os impactos são gravíssimos na saúde dos trabalhadores, no meio ambiente, na contaminação das águas’’.

Para o integrante da Via Campesina Brasil e da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais  Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, a campanha pretende propor projetos de lei, portarias e iniciativas legais e jurídicas para impedir a expansão dos agrotóxicos: “Seria uma boa iniciativa que os municípios começassem a legislar, porque é possível que as câmaras proíbam o uso de determinado veneno no seu município, e que a própria população fiscalize. Mas isso não basta ser iniciativa do vereador, é preciso que toda a sociedade se mobilize para garantir, inclusive, que o comércio não venda, que os fazendeiros não usem e que, afinal, nós vamos criando territórios livres de agrotóxicos, e vocês vão ver como a qualidade de vida vai melhorar muito nesses municípios.”

De acordo com Letícia Silva, da Anvisa, é preciso que a campanha consiga promover uma grande consulta junto à sociedade brasileira sobre o tema: “… quando colocamos a possibilidade de retirada de um produto agrotóxico do mercado, muitas vezes a gente recebe poucas manifestações favoráveis à retirada daquele produto do mercado, e muitas manifestações pela manutenção do produto no mercado. Então acho que a primeira coisa, a mais simples – e que independe até de uma grande mobilização – SÃO AS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE MOSTRAREM O QUE ESTÃO PENSANDO A RESPEITO, MOSTRAR O SEU DESEJO COM RELAÇÃO AOS PRODUTOS AGROTÓXICOS. QUEREM REALMENTE QUE SEJAM CONTROLADOS? QUE PRODUTOS PRECISARIAM SER BANIDOS, QUAIS ESTÃO CAUSANDO INTOXICAÇÃO?“

A campanha nacional contra o uso de agrotóxicos também promoverá iniciativas ligadas à educação – com a produção de cartilhas para as escolas – e realizará seminários regionais e audiências públicas.

7 programas de radio estão a disposição no endereço:
http://www.radioagencianp.com.br/9577-Os-perigos-dos-agrotoxicos-no-Brasil
Cópias de CD com os programas estão disponíveis na ASSESOAR para quem não tem acesso à internet.

Outros links:
http://www.mst.org.br/Campanha-contra-o-uso-de-agrotoxicos
http://www.mst.org.br/sites/default/files/cartaz%20campanha%20SAIDA.pdf – cartaz
http://www.mst.org.br/sites/default/files/panfleto_campanha_agrotoxicos.pdf – panfleto

Participe!

 

 

 

 

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