Na quinta-feira (25/11), Dia Internacional da Não-Violência Contra as Mulheres, o Núcleo de Estudos e Ações Afirmativas em Gênero e Agroecologia(GEN), da Assesoar, realizou um encontro para debater o tema “Gênero: os desafios para a construção de uma sociedade com justiça social”.

O GEN foi criando pela Assesoar no ano de 2004, a partir de ações e debates internos realizados, particularmente a partir de 2002, como ampliação desse espaço de estudo para outras organizações, dirigentes e militantes do sudoeste do Paraná.

“O Encontro de GEN é importante porque nos faz refletir e debater sobre esse assunto do gênero, e junto dele traz o debate sobre sexualidade, feminismo, patriarcado, assuntos que muitas vezes, no nosso dia a dia, ficam velados em meio a uma sociedade tão machista”, disse Cristiane Katzer, da direção da Assesoar.

O objetivo do encontro foi promover o debate em torno das relações de gênero, e também de criar momentos onde mulheres e homens possam debater essas relações. “Ter um espaço formativo onde podemos reunir homens e mulheres para debater e traçar estratégias para a superação do patriarcado é fundamental. E, o GEN ao longo dos anos cumpre esse papel de provocar esse debate para dentro e para fora da Assesoar”, avalia Cristiane.

O encontro, que contou com a participação de organizações e movimentos sociais da região sudoeste do Paraná, teve a presença do educador popular Luiz Fabiano Zanata, que também é professor na Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), e da agrônoma Ceres Hadich, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Luiz Fabiano, trouxe alguns elementos que ajudam a entender as relações que envolvem a construção dos seres humanos, e problematiza: os nossos corpos são livres? “Nós estamos falando sobre um conjunto de coisas que é quem estrutura as desigualdades de gênero, e são as principais promotoras da violência, que são as normas, os estereotípicos e as regras de gênero”.

Para Ceres, fazer o debate de gênero é dar visibilidade as relações dentro das organizações, mas também é preciso combater o principal inimigo. “A nossa guerra não é contra os companheiros, a nossa guerra é contra o capital, então a nossa luta tem que ser contra aquilo que nos oprime”, disse Ceres.

Apresentações culturais

Durante o encontro, a atriz Luz Medeiros fez apresentações artísticas interpretando a Palhaça Mínima. Interagindo com o público, ela fez apresentações que demonstraram as inquietações com a pressão estética que as mulheres sofrem na sociedade. Além disso, também apresentou outras barreiras e opressões que as mulheres encontram e sofrem na sociedade patriarcal.


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