Durante os dias 22 e 23/04, às organizações, movimentos e universidades que fazem parte da Articulação Paranaense por uma Educação do Campo (APEC), estiveram reunidos na casa de formação São João Diego, da CNBB, no município de Guarapuava, região centro do Paraná, para fazer um balanço do período da pandemia, em que não puderam se reunir presencialmente, mas foram realizadas diversas atividades em defesa da educação do campo, pública de qualidade.

Durante os dias da reunião participaram, aproximadamente, 50 pessoas entre camponeses e camponesas, quilombolas, universidades públicas, movimentos sociais do campo, organizações populares, sindicatos, grupos de pesquisa e mandatos populares, e teve um caráter de planejamento das lutas e bandeiras unitárias, e organização interna da Articulação.

Nos últimos anos a Articulação Paranaense realizou e consolidou processos de formação, e defesa contra o fechamento de escolas, turnos e turmas, através da Campanha Escola é Vida na Comunidade, e durante a reunião foi realizado o debate de continuação da campanha, visando sua importância na defesa das escolas.

Nesta reunião foi partilhada a primeira versão da pesquisa estadual, Educação no Contexto da Pandemia de Covid-19: Escolas, Atividades e Condições de Realização do Trabalho Pedagógico no Campo do Estado do Paraná. Para a realização dele, foram mais de 8 meses de trabalho coletivo, com a participação de mais de 90 pesquisadores que cobriram quase 90% do território paranaense.

Este material será subsídio para o trabalho de base e diálogo nos municípios do estado do Paraná.

Educação Quilombola e Turma Abayomi Marias

A V Turma de Pedagogia do Campo, Abayomi Marias, da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (UNICENTRO) teve uma representação muito importante nos dias da reunião, além de fazer a abertura do espaço com uma bonita e simbólica mística que representou o povo quilombola, a turma trouxe o debate da importância e urgências da educação quilombola.

No Paraná existem mais de 80 comunidades quilombolas não reconhecidas, mas existentes, e 35 comunidades reconhecidas pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).

Segundo dados da  Federação Estadual das Comunidades Quilombolas do Paraná (FECOQUI), mais de 300 estudantes negros quilombolas não estão em escolas quilombolas, o que aprofunda o racismo estrutural, e são pautas urgentes para o movimento Quilombola.

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1 Comentário

  1. Excelente evento! Fortalecendo a Educação do Campo!


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