Jornalista apresenta obra “Todo o despejo é um crime”

Na manhã de quinta-feira, 13, o jornalista Pedro Carrano apresentou ao Coletivo de Formadores a obra “Todo despejo é um crime”, por meio de vídeo conferência, na Assesoar. Para a atividade participaram a equipe da organização e lideranças do Coletivo.

 O livro que será publicado em breve, é fruto de uma sistematização do trabalho organizativo desenvolvido junto às ocupações urbanas de Curitiba. Segundo o autor, inspirado nas experiências de elaboração de diário de Ernesto Guevara de la Serna, “A luta por moradia não começa agora, é uma marca histórica do Paraná. Nosso intuito é sistematizar as experiências recentes de organização comunitária e irradia-las para outras regiões do estado e do país,” afirma Carrano.

 Algumas experiências relatadas revelam o drama das famílias que vivem invisibilizadas nas regiões periféricas de Curitiba, sem acesso à direitos fundamentais e com risco constante de despejo. A organização é uma forma de lutar por direitos constitucionais não aplicados. Carrano menciona que os trabalhos organizativos são conduzidos pela Frente de Organização dos Trabalhadores – FORT, um movimento articulado com a campanha nacional do “Despejo Zero”. “Primeiro lutamos para evitar o despejo, mas só isso não basta, é preciso garantir o direito à moradia digna com toda a infraestrutura básica para se viver bem,” pontua o jornalista, que também milita na Frente.

 A negação ao direito à moradia é um problema estrutural do Brasil. Enquanto há 11 milhões de imóveis vazios, há 6 milhões de pessoas sem casa. No tempo em que pessoas vivem na rua ou sob risco de serem afetadas por enchentes, desmoronamentos ou despejadas; uma minoria lucra com a especulação imobiliária.