
Foto: FONEC
Em agenda no Vale do Jequitinhonha, na cidade de Minas Novas (MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o minístro da Educação, Camilo Santana, anunciaram no dia 24 de julho uma série de ações voltadas à educação do campo, das águas e das florestas. As medidas representam um marco na valorização da diversidade e dos saberes dos povos tradicionais.
Durante o evento, o governo federal lançou oficialmente três importantes políticas: a Política Nacional de Educação Escolar Indígena, com a implementação dos Territórios Etnoeducacionais (PNEEI-TEE); a nova Política Nacional de Educação do Campo, das Águas e das Florestas (Novo Pronacampo); e o Programa Escola Nacional Nego Bispo. Também foi anunciada a construção do Campus Quilombo Minas Novas, vinculado ao Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG).
Entre os principais anúncios, está o investimento de R$ 1,17 bilhão para a construção de 249 novas escolas destinadas a populações indígenas e quilombolas, além da execução de 22 obras emergenciais em territórios Yanomami e Ye’Kwana.
Segundo o presidente Lula, as ações visam reconhecer e fortalecer os saberes dos povos da região, valorizando o trabalho e a cultura das comunidades tradicionais. “Essas políticas são para reconhecer os saberes do povo da região e o valor de indígenas e quilombolas, homens e mulheres que trabalham de sol a sol para construir a própria vida, essa cidade e a região”, afirmou.
Para Valter Leite, do Fórum Nacional de Educação do Campo – FONEC, a efetivação do novo Pronacampo demonstra um olhar cuidadoso que a SECADI/MEC e governo federal tem para os povos do campo, das águas e das florestas. Demonstra um avanço na concepção e na elaboração da política pública, na participação e no controle social, que certamente gerará um profundo desenvolvimento para os territórios da agricultura familiar, da reforma agrária, indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais no Brasil. Queremos uma escola do campo que não tenha cercas, que não tenha muros, onde iremos aprender a sermos construtores do futuro.
Com o Novo Pronacampo, há um avanço significativo em dimensões formativas, estruturantes e de participação social. Nas dimensões formativas, a ampliação de ações de formação de educadoras(es) que objetiva promover a inserção da agroecologia nas escolas do campo, das águas e das florestas. Esta será a primeira iniciativa política educacional brasileira com direcionamento com a agroecologia, com infraestrutura para escolas selecionadas. Também haverá um olhar para a infância e as cirandas infantis Na dimensão de participação social, a construção de uma coordenação federativa, com protagonismo dos sujeitos do campo, das águas e das florestas e suas organizações. *Com informações do MEC e FONEC
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