Jovens agricultores do município de Santo Antônio do Sudoeste, vem buscando através da produção de alimentos saudáveis, juntamente com seus familiares, uma renda e maneiras de os mesmos permanecerem no campo.

Por: Geani Paula/ Comunicação Assesoar

Foto: Projeto Jovem Horticultor

“Eu sinto que estou fazendo um trabalho certo, um trabalho honesto, estou levando qualidade de vida e um produto de qualidade”, é este o sentimento do jovem agricultor e associado a Assesoar, Victor dos Santos Beckstein, morador da comunidade Jaboti, e um dos organizadores do “Projeto Jovem Horticultor”.

Desde 2022, a Assesoar vem acompanhando o grupo de agricultores da comunidade do Jaboti, no município de Santo Antônio do Sudoeste, onde visam a produção agroecológica, e estão em processo de certificação. Durante as reuniões, visitas e oficinas um grupo de jovens, filhos e netos dos agricultores também se interessaram nas temáticas, com isso organizaram o projeto.

Foto: Geani Paula/Assesoar

O jovem Victor, mora com seus avós, e estão em processo de certificação agroecológica. Em novembro de 2023 plantou tomates e uma bandeja de alface, quando começou a produzir, ficou pensando em como vender os produtos, foi aí que ele e outro jovem saíram nos bairros da cidade e foram vender na rua, de casa em casa.

“Conseguimos vender tudo que levamos, e quando voltamos para casa, os dois animados com o que vendemos, vimos que deu certo, nos animamos e começamos a ir todos os finais de semana, e daí surgiu a ideia do jovem horticultor”, contou Victor Beckstein.

Os irmãos, Samuel e Anita Pastorini, se empolgaram nas vendas de casa em casa, que resolveram fazer seus próprios canteiros de verduras e legumes para poderem vender. Na propriedade onde moram, com seus pais, cada um tem seu canteiro de produtos, e na hora de vender, eles organizam juntos, vendem e depois dividem os lucros.

Foto: Geani Paula/Assesoar

Samuel Pastorini, de apenas 12 anos, disse que começou a pensar na ideia do projeto quando entendeu a importância da alimentação saudável. “Se os jovens forem para a cidade e saírem do campo, vai chegar uma hora que os mais velhos não vão conseguir manter a produção de alimentos, e como está aumentando os alimentos enlatados, se o jovem não produzir vai chegar uma hora que nós vamos estar comendo salsicha enlatada, e isso não da, por isso precisamos voltar com a produção orgânica”, reflete o jovem.

Anita, de 10 anos, gosta de plantar ervas aromáticas, e tem o sonho de produzir cosméticos com as mesmas. “Eu quero fazer produtos para hidratação da pele, cosméticos, sabonetes e já fiz a pomada de calêndula”, conta animada.

Foto: Geani Paula/Assesoar

O objetivo do projeto, além de manter os jovens no campo, fortalece as ações do projeto regional, que é a Plataforma da Comida Saudável, onde visam ações de articulação regional entre campo e cidade, e contribui na produção de alimentos saudáveis produzidos pela agricultura familiar.

“Todos os jovens que estão no projeto estão em processo de transição para certificar pela Rede Ecovida, então todos nós produzimos um alimento de qualidade, de forma orgânica, e que gera saúde para a pessoa que estão comprando”, comenta Victor Beckstein.

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