Militantes da Frente de Organização dos Trabalhadores – FORT, de Curitiba e região metropolitana, visitam as ocupações urbanas do sudoeste do Paraná.

Entre os dias 06 e 07 de fevereiro, aconteceu um processo de debates, trocas de experiências e encaminhamentos para as organizações no Sudoeste do Paraná e Curitiba. No dia 06/02, aconteceu a primeira reunião de 2024 do Fórum Regional de Organizações Populares do Campo e da Cidade, tendo a contribuição de Pedro Carrano, jornalista do Brasil de Fato Paraná e militante da Frente de Organização dos Trabalhadores – FORT, que apresentou elementos sobre a análise de conjuntura, destacando questões da geopolítica mundial, contexto dos países da América Latina e do Brasil.

Após sua explanação, debateu-se os desafios e perspectivas da classe trabalhadora frente a este cenário. Também trouxe o exemplo do trabalho de comunicação popular desenvolvido pelo jornal Brasil de Fato, com maior atuação na região metropolitana de Curitiba, na intencionalidade de expandir a comunicação para o interior do estado. Nesse sentido, provocou uma possível parceria com as organizações da região Sudoeste e a importância de fortalecer a comunicação da classe trabalhadora.

Visita à ocupação do bairro Pinheirão

Na tarde do dia 06/02 foi realizada uma visita com troca de experiências sobre o trabalho urbano. As lideranças do bairro Pinheirão relataram as dificuldades cotidianas das famílias, que vivem entre o risco do despejo e o medo das enchentes. São em torno de 35 famílias trabalhadoras, que por estarem excluídos das políticas públicas, lutam por direitos, como a moradia digna.

Carrano expôs a experiência organizativa dos trabalhadores/as da região metropolitana de Curitiba. O FORT é um exemplo dessa organização, que unifica a pauta em torno do Despejo Zero e do direito à moradia. David José Fagundes, presidente da Associação de Moradores da Vila Sabará e militante do Levante da Juventude de Curitiba, também contou sua experiência e afirmou a importância de uma associação para o bairro.

Visita à ocupação Marielle Franco de Palmas

No dia 07/02, a troca de experiências aconteceu na ocupação urbana de Palmas, composta por 83 famílias. São quatro anos de organização, resistência e luta. A coordenação da ocupação relatou as angustias desse período, os aprendizados e conquistas. Após nove audiências e intermediação do Tribunal da Justiça do Paraná, as famílias estão muito perto de conquistar o direito a moradia. No entanto, seguem organizadas e pressionando a esfera pública. A ocupação desde o início, contou com a parceria de várias organizações e movimentos populares que são solidários a ocupação e contribuem com a comunidade, a exemplo o MST e o Fórum Regional de Organizações Populares do Campo e da Cidade do Sudoeste.

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