O Fórum Regional das Organizações e Movimentos Populares do Campo e da Cidade do Sudoeste do Paraná, participou na manhã dessa sexta-feira, 19/02, da audiência pública que debate sobre a implementação do pedágio no sudoeste do Paraná.

Elizandro Krajczyk, coordenador da Fetraf Paraná, participou da audiência, e fez uma fala em nome de todas as organizações que compõem o Fórum Regional. Além de falar do valor absurdo que se cobra nos pedágios do Paraná, Krajczyk leu uma carta elaborada pelas organizações que participam do Fórum Regional e, ao final, representantes entregaram uma cópia aos deputados estaduais Arilson Chiorato e Luciana Rafagnin.

Leia a carta na íntegra:

PEDÁGIOS NA REGIÃO SUDOESTE DO PARANÁ – UM PROJETOCONTRÁRIO A INTEGRAÇÃO TERRITORAL, SOCIAL E ECONÔMICA DOSUDOESTE DO PARANÁ.

O ano de 2021 iniciou com anúncio de ao menos 15 novas praças de pedágios no estado do Paraná para os próximos 30 anos – 02 destas nos municípios de Ampére (BR-182) e de Renascença (BR-280), na região Sudoeste do Paraná. O modelo que vem sendo discutido nas audiências públicas realizada pela Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, apresenta redução no valor do pedágio, no entanto resultará em um aumento na média do quilômetro, aumentando assim lucros das concessionárias, conforme apresentado por Manoel Ramires em matéria do Brasil de Fato Paraná, e tendo apenas 26% da projeção dos valores arrecadados sendo revertido em obras. O estado do Paraná já apresentou um modelo defasado de concessão de rodovias que resulta no pedágio mais caro do Brasil, logo lucros exorbitantes para as concessionárias e a privação do povo ao acesso livre e de qualidade as rodovias.

Diante disso o Fórum Regional das Organizações e Movimentos Populares do Campo e da Cidade do Sudoeste do Paraná, expressa sua posição contrária a instalação das praças de pedágios na região por compreender que tais concessões resultam em um projeto contrária a integração territorial, social e econômica da região Sudoeste do Paraná. Tal modelo resultará em uma diminuição das receitas dos municípios da região, desestimulará a criação de empregos e renda, aumentará os custos da produção agrícola (em especial para agricultores e agriculturas familiares), afetará o acesso a serviços básicos em especial de saúde e educação, visto que a região apresenta forte regionalização no acesso de tais serviços, entre várias outras consequências para a região.

É necessário que os governantes e legisladores criem e implementem um programa estatal de recuperação, ampliação e melhorias das rodovias na região Sudoeste do Paraná, em condições seguras, sem taxação e lucro de uma minoria. Isso é um direito de toda a população paranaense e dever dos órgãos e entidades componentes.

Francisco Beltrão, 19 de fevereiro de 2021.

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