Por Geani Paula Souza

Nesse domingo, 08/03, mulheres de Movimentos Populares do Campo e da Cidade do Sudoeste do Paraná, realizaram um ato no Centro Paroquial Pedro Granzotto, em Francisco Beltrão, para denunciar as violências sofridas no campo, no meio urbano, no meio político e também os desmontes da educação pública.

A atividade que teve como lema “Mulheres em Luta pela vida, semeando a Unidade Popular”, reuniu aproximadamente 200 mulheres do meio rural, e também companheiras de coletivos urbanos, e o coletivo corpo, gênero e diversidade que é um grupo de estudo e debate da Unioeste.

Durante o debate, as mulheres ressaltaram como os desmontes de politicas afetam e violam principalmente as mulheres.

“Quando o estado não garante um preço justo do combustível, preço justo do gás, preço justo da tarifa de energia, isso sim é uma violência contra o povo, mas principalmente contra nós, mulheres”, disse Maristela Costa Leite, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens.

Para as mulheres camponesas a luta pela produção de alimentos é grande, pois é com elas que, muitas vezes, fica a responsabilidade pela produção de alimentos saudáveis para alimentar a família.

“Lutamos sim, pelo direito a terra, ao preço justo, ao direito de produzir alimentos de qualidade, lutamos sim pelo reconhecimento das nossas mulheres agricultoras, as nossas mulheres camponesas que produzem o alimento da nossa nação, e que as vezes é um trabalho não reconhecido”, reafirmou Leite.

Ao longo de anos as mulheres buscam os reconhecimentos em espaços públicos, pois os mesmos, são ocupados em sua grande maioria por homens.

“Foi difícil, e sempre é difícil para nós participar da política. Quando a gente vê muitas mulheres participando, ou querendo participar, a gente sabe que elas já vêm de alguma organização, por que alguém já trabalhou com elas a importância das mulheres na sociedade”, disse a deputada estadual Luciana Rafagnin.

Momento de luta e reafirmação

Para além do dia Internacional das mulheres, elas reafirmam o compromisso com a luta popular em defesa de um mundo mais justo, e contra qualquer injustiça contra as mulheres.

“Reafirmamos sim, o compromisso da construção do feminismo camponês popular, que significa um caminho que nós, quanto movimento tomamos e entendemos que é fundamental para combater o imperialismo, para combater o patriarcado que tem como pilares o sistema capitalista com os projetos da mineração, e do agronegócio”, Maristela Costa Leite do MAB, para reafirmar o compromisso com a luta camponesa.

Para Cristiane Katzer, da Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural (Assesoar), precisamos sempre relembrar o passado para a gente entender, que se foi conquistado muita coisa lá atrás, agora também se consegue, e para isso a luta precisa estar presente.

“Às vezes as coisas parecem difícil, mas precisamos ter utopia, continuar sonhando para as coisas acontecerem, vamos para a luta que ainda temos muito o que conquistar”, Diz Katzer.

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