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Com objetivo de construção do conhecimento em torno da Agroecologia, organizou-se o II Encontro Regional de Agroflorestas e Tecnologias Ecológicas, com foco em Frutas Nativas. Trata-se, do empenho da região em desenvolver os Sistemas Agroflorestais, que vem sendo implementados na região através de Projetos da Assesoar junto aos agricultores e outras instituições parceiras.

O Encontro veio sendo construindo desde 2012, quando foi realizado o I Encontro Regional de Agroflorestas, articulado pela Assesoar, CAPA e UTFPR Dois Vizinhos através de grupos de pesquisa da universidade, que vem realizando trabalhos junto aos agricultores da região.

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Com mais de 130 participantes, principalmente agricultores e estudantes, o Encontro contou com três seminários, quatro oficinas, o pré-lançamento da cartilha Agrofloresta no Sudoeste Paranaense da Assesoar, entre outras trocas de experiências e prosas entre agricultores, estudantes, técnicos e pesquisadores.

Compondo a mesa, o diretor do campus da UTFPR, Alfredo, dando as boas vindas e grato pela participação de todos, afirmou que “muitos pesquisadores perderão a noção do geral, focados em questões especificas, precisando retomar o olhar para o todo, o conjunto”. Paulo Cezar, pesquisador diz que “este projeto possibilita inter-relações entre projetos de pesquisa da universidade e com outras instituições como Assesoar, que tem projetos em andamento”. Felipe da Assesoar, também levanta expectativas dizendo que “esperamos sair motivados com os agricultores para as Agroflorestas”. E Jhony do CAPA, afirma que “esperamos sempre mais apoio da universidade na Agroecologia, precisamos mais abertura em outros órgãos, para mostrar as possibilidades da Agroecologia”.

Logo no primeiro seminário, Alvir Longhi do CETAP/RS, apresentou “o desafio da construção de dinâmicas de abastecimento articuladas entre campo e cidade: a experiência da cadeia solidaria das frutas nativas no Rio Grande do Sul”. Para isto, provocou reflexões em torno das mudanças da paisagem rural, da luta pela agroecologia e da valorização do que está próximo de nós. Afirmando que hoje temos muita experiência na Produção Agroecológica, mas chegamos no momento de reorganizar o processamento e a comercialização. Assim, relatou os principais motivadores, atores, dimensões, desafios e experiências que tem com a frutas nativas no RS, como o picolé com de frutas nativas que os participantes puderam provar durante o intervalo.

Na sequência, a educadora e pesquisadora Ivane B. Tonial, da UTFPR Francisco Beltrão, apresentou o seminário “Frutas Nativas: exploração de potencialidades de processamento e comercialização”. Demonstrando alguns trabalhos que se tem feito, em relação ao Butiá, Goiaba Serrana, Guabiroba, Amora Comum, Guabijú, Cerejeira, Pitanga, Uvaia, Jabuticaba e Araçá. Segundo ela, trata-se de algumas oportunidades de agregação de valor as frutas nativas, seja em transformação de alimentos como geleias, doces, biscoitos, bebidas, entre outros como produtos cosméticos e medicinais.

Em seguida o Técnico Jhony A. Luchmann, apresentou o “Relato de Experiências de Associações e Cooperativas assessoradas pelo CAPA: Oportunidade e desafios regionais”. Onde trouxe um breve histórico do trabalho do CAPA, em torno da Agroecologia, principalmente no fortalecimento de duas associações de agricultores ecológicos do município do Verê – PR. A Associação dos Produtores Agroecológicos do Verê (APAV) e a Associação dos Vitivinicultores de Verê (APROVIVE), tem avançado em processos de comercialização e industrialização dos produtos dos agricultores, colocando-se agora o desafio de criação de uma cooperativa, além de investimentos em infraestrutura para o fortalecimento da Agroecologia.

Ainda no período da manhã, um dos dirigentes da Asseoar, Jandir Rodrigues, realizou o pré-lançamento da cartilha “Agroflorestas no sudoeste paranaense: cultivando agroecologia com base na dinâmica florestal”, um trabalho elaborado a partir das experiências em Agroflorestas, realizadas através do Projeto Tecnologias Ecológicas coordenado pela Assesoar. A cartilha, relaciona o conhecimento técnico cientifico com os saberes populares das famílias agrofloresteiras da região, apresentando possibilidades e práticas no desenvolvimento das Agroflorestas.

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Fechando a manhã, os participantes puderam interagir com os apresentadores, levantando questões e contribuições no debate, além de encaminhamentos em relação aos próximos passos. Neste sentido, agricultores demandaram a possibilidade de realização de intercâmbios para conhecer experiência do CETAP e realização de oficinas ou cursos de preparo e transformação das frutas já existentes nas Agroflorestas.

Durante a tarde, as oficinas a campo serviram principalmente para os agricultores conhecer um pouco da estrutura da universidade e as experiências que vem sendo desenvolvidas. Com foco nas frutíferas, puderam ver práticas de melhoramento genético, manejo, propagação, cuidados com solo, entre outras ações que vem sendo desenvolvidas pela instituição.

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Finalizando as atividades, todos puderam provar também alguns produtos feitos pelas associações do Verê, o suco de uva e as bolachas serviram para encerrar o dia de troca de troca de informações e construção de conhecimento para Agroecologia. Sendo ainda que os agricultores puderam levar mudas diversas produzidas no viveiro da universidade.

 

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