Nesta terça-feira (24/06), aproximadamente 300 pessoas do Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, da ASSESOAR, do Movimentos do Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, do Levante Popular da Juventude, dossindicatos e de cooperativas protestaram, em Curitiba (PR),pressionando a COPEL – Companhia Paranaense de Energia – e o governador pelo cancelamento imediato do aumento de 33,5% nas contas residenciais de luz e 37% nas contas das atividades comerciais e produtivas no Paraná. Os Movimentos cobram também a reparação dos prejuízos causados pelas enchentes e pela abertura das comportas da Hidrelétrica de Salto Caxias. O aumento nas contas de luz foi autorizado no início da manhã pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, em resposta ao requerimento feito pela COPEL.

A mobilização iniciou em frente à COPEL, forçando uma reunião dos movimentos com representantes da estatal para cobrar o cancelamento imediato dos aumentos nas tarifas e a indenização pelos danos causados pela abertura das comportas. “Esse aumento é uma medida política do governo estadual do PSDB que controla a COPEL. Não aceitamos pagar uma das tarifas de energia mais caras do mundo”, afirmou Robson Formica, coordenador do MAB.

No mesmo dia, os manifestantes seguiram em marcha para o centro da capital denunciando o aumento e dialogando com a população que se mostrava surpresa e indignada. No final da tarde, a caminhada continuou e se concentrou em frente ao palácio Iguaçu, onde os contatos com a imprensa se fortaleceram, marcando o posicionamento público quanto às responsabilidades do governador nestas decisões prejudiciais ao povo e à economia parananense.

O aumento anunciado foi tão descabido que mobilizaria a população do Paraná, e esta mobilização permitiu tornar público a decisão que acontecia na surdina, contribuindo para que, no mesmo dia, o governador Beto Richa (PSDB) suspendesse, temporariamente, o aumento na tarifa da energia. Ironicamente, o governador afirmou ter sido “surpreendido” com a autorização do aumento, como se as decisões da Copel pudessem acontecer sem a sua assinatura.

Na quarta-feira (25/06), o manifestantes cobraram, por meio de uma audiência pública coordenada pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Paraná, encaminhamentos para reparar os danos e garantir os direitos das famílias atingidas pelas enchentes e pela construção da hidrelétrica do Baixo Iguaçu.

Mais informações:

MAB

Blog de Esmael Morais

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