Muitas pessoas aqui da região sudoeste do Paraná já ouviu falar de cisternas, graças ao projeto de implantação de várias delas, comandado pela Assesoar. A cisterna é basicamente um depósito de água da chuva construído com ferro, cimento, tijolos e encanamento. Seu principal objetivo é fornecer água limpa e de qualidade para a população em tempos de escassez, ou para fins de economia e reaproveitamento de bens naturais. A água armazenada nas cisternas pode ser utilizada para beber e cozinhar.
No Nordeste do Brasil a situação da seca é grave em algumas regiões, e por isso a construção de cisternas é extremamente necessária e viável. E foi isso que o Programa de Formação e Mobilização para Convivência com o Semiarido da ASA fez: construiu até agora mais de 300 mil cisternas, beneficiando mais de 1,5 milhão de pessoas. O objetivo é que se chegue a 1 milhão delas para beneficiar cinco milhões de pessoas em cinco anos, mas a evolução do projeto, infelizmente, anda a passos curtos.
O programa 1 Milhão de Cisternas é financiado em boa parte pelo Governo Federal, mas algumas instituições e a iniciativa privada também tem ajudado. A proposta é que os próprios moradores se ajudem entre si para ajudar a levantar as cisternas, fazendo com que o processo também tenha um caráter educativo e conscientizador.
Problema
Quando assumiu seu mandato, a presidente Dilma Rousseff anunciou que seu governo iria intensificar a construção das cisternas no Nordeste, prometendo até 800 mil até o final de sua administração. Só que ao invés de tocar o projeto como estava sendo feito (devagar mas andando), ocorreu a ideia de fazer cisternas com material plástico previamente comprado – o que é péssimo, pois além de o plástico não ser um material durável no solo do nordeste, a construção das cisternas perde sua capacidade pedagógica.
Uma série de críticas estão sendo feitas com relação a este modelo proposto pelo governo de Dilma. Entretanto, por pior que ele seja, ele tem relevância por incitar o debate e mostrar a importância das cisternas – uma tecnologia de armazenamento limpa, barata, saudável e que preserva o meio ambiente – para a população em geral.
Leia mais sobra o projeto de construção das cisternas e as críticas aqui: http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3215&lay=pde
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